Você já parou para se perguntar sobre como saber se o osso colou? Quem sofreu alguma lesão, com certeza deve se preocupar a respeito desse assunto.
Afinal de contas, essa é uma maneira de garantir que a recuperação aconteça dentro do tempo esperado. Mas como saber se o osso colou?
Inclusive, no caso de o osso não colar dentro do tempo esperado, o que deve ser feito? Será que existe algum tipo de medicação que pode ajudar nesse processo?
Em suma, consolidação óssea, nada mais é que a cicatrização do osso. Esse é o principal objetivo do tratamento das fraturas.
No entanto, ao se perguntar sobre como saber se o osso colou, tenha em mente que isso pode acontecer de maneiras distintas.
Porém, o que irá determinar isso é a forma de tratamento que o médico resolver optar. Uma pode formar o calo ósseo, enquanto, ao mesmo tempo, a outra não.
Mas, se você quer entender como saber se o osso colou, é só continuar nesse artigo que iremos falar tudo a respeito desse assunto.
O que é consolidação óssea?
Se você sofreu uma lesão no metatarso no pé, é bem provável que tenha um acompanhamento médico, até mesmo para que ele possa indicar a melhor forma de recuperação.
Mas, nesse contexto, como saber se o osso colou? A esse respeito, diz-se que o “osso colou”, quando ele uniu as duas partes que foram quebradas.
A partir disso, o paciente consegue pisar sem sentir dores intensas. No entanto, tenha em mente que isso pode acontecer de maneiras distintas, a depender do tratamento da sua leitura.
No entanto, uma das formas mais precisas para se ter a certeza de que um osso colou, é através dos exames de imagem, sendo que o médico deve solicitar esses exames.
Quais são os tipos de consolidação?
Para obter a resposta de como saber se o osso colou, deve-se entender os dois tipos de consolidação existentes, que são:
Consolidação primária
A primeira forma de consolidação óssea se chama “primária”. Essa, por sua vez, se refere a quando os dois pedaços de ossos são colocados um ao lado do outro e comprimidos.
Porém, nesse caso, a compressão pode ocorrer por meio de placa, banca de tensão ou parafusos. Ou seja, não é um processo natural do corpo.
Em vista disso, a consolidação primária não costuma formar o calo ósseo. É por essa razão que é um tratamento para fraturas articulares.
Consolidação secundária
A consolidação secundária é a mais comum de todas, uma vez que ela acontece por meio da formação do calo ósseo.
Mas, para que possa acontecer esse tipo de consolidação, o paciente precisa passar por um tratamento com gesso, tipos de placas ou hastes intramedulares.
Em vista disso, esse tipo de consolidação acaba formando um tecido de cartilagem e, depois, o calo ósseo com o osso propriamente dito.
O que é calo ósseo?
O calo ósseo nada mais é que um tipo de calombo de osso, o qual se forma justamente quando o osso cola.
Então, se você quer entender como saber se o osso colou, tenha em mente que a pele precisa criar o famoso calo ósseo.
Esse calo ósseo funciona como se fosse uma cola de cartilagem, mas que, à medida que o tempo passa, vai virando osso.
Isso acontece a partir do momento que as células do corpo vão formando mais ossos, fazendo com que ele endureça e apareça no raio x.
Portanto, pode-se afirmar que é o calo ósseo que garante que o osso está colando ou não.
Como saber se o osso colou?
Há algumas maneira para saber se o osso colou e, dentre os procedimentos, estão os seguintes:
Consolidação clínica
Vamos supor que você teve o tornozelo torcido e quer saber se o seu osso de fato colou. Nesse caso, há duas formas.
A primeira delas se chama consolidação clínica, isto é, quando se torna possível afirmar que o osso consolidou, sem a necessidade de exames de imagem, apenas pelo exame físico do paciente.
No entanto, por mais que possa indicar ao médico que houve a consolidação, esse não é um método 100% certeiro.
Em vista disso, é vital que se tenha a confirmação através de uma radiografia.
Mas, a princípio, é possível afirmar que o osso colou clinicamente quando há melhora da dor, tanto quando o paciente está parado ou em movimento.
Outra forma clínica que pode indicar que o osso colou é quando o paciente não sente dor quando encosta no local da fratura.
Tudo isso são sim grandes indicativos de que o osso colou, mas essas melhoras podem ocorrer quando há consolidação parcial.
É por essa razão que é importante obter a confirmação através de um exame de imagem.
Agora, nas fraturas que formam o calo ósseo, torna-se possível ver a formação de um calombo ou proeminência maior no local em que houve a fratura.
Consolidação radiográfica
No caso da consolidação radiográfica, também chamada de raio-x, nada mais é quando se faz um exame de imagem para ter a certeza se houve formação do calo ósseo.
Porém, essa formação deve ser com uma ponte entre os dois fragmentos, em pelo menos 3 lados do osso.
Mas, como se tira o raio-x em pelo menos duas posições, essas pontes precisam estar presentes 3 vezes para que seja possível remover a imobilização.
Contudo, há fraturas em que o tratamento não permite a formação desse calo ósseo.
Se esse for o caso, a consolidação radiográfica acontece quando a linha de fratura vai subindo da radiografia, até o momento em que se torna impossível de ver o seu traço.
De que modo um osso quebrado consegue se recuperar quando é engessado?
Ao alinhar e aproximar os fragmentos que estão quebrados, oferecemos ao organismo a possibilidade de consolidar a fratura da forma correta.
Diferente do que alguns pacientes possam pensar, o osso não volta ao lugar sozinho. É preciso que haja um estímulo.
Assim que o médico coloca o osso no lugar, é preciso se certificar de que está acontecendo tudo da forma como deveria.
Isso é feito através de um controle radiológico periódico. Porém, a frequência pode variar de acordo com o tipo de fratura, mas não segue uma regra igual para todas elas.
Tanto os músculos quanto os tendões estão inseridos nos ossos. Em vista disso, ao contrair os músculos, acaba ocasionando movimentos nos ossos.
Por consequência, pode provocar o desvio da fratura. Isto é, ainda que dentro do gesso, o osso também pode sair do lugar.
Quanto tempo demora para o osso colar?
Não há qualquer prazo determinado para que o osso possa colar. Isso pode variar muito de acordo com a situação do paciente e do tipo de lesão.
Um recém-nascido que teve uma fratura na clavícula pode necessitar de 3 semanas para a consolidação total.
Em contrapartida, um adulto que teve uma lesão no fêmur pode necessitar de 5 meses. Uma coisa que você precisa ter em mente é justamente isso:
- Quanto mais velho for a pessoa, maior será o tempo para que o osso possa colar;
- Quanto maior for o osso, maior o tempo para consolidação;
- Quanto mais afastados forem os fragmentos, maior será o tempo para consolidar.
Mas, falando de forma geral, os ossos costumam se consolidar completamente por volta de 2 a 3 meses, mais ou menos.
Há situações em que o osso pode demorar um pouco mais para colar, como acontece nos casos em que o paciente é fumante.
Perguntas frequentes
Agora que já entendeu sobre como saber se o osso colou, é bem provável que ainda tenha surgido algumas dúvidas a respeito desse assunto.
Então, dentre as perguntas frequentes sobre como saber se o osso colou, podemos citar as seguintes:
Quando posso retirar o gesso ou a tala?
Assim que houver confirmação, através da radiografia, de que de fato houve consolidação do osso, o paciente pode remover a tala ou gesso.
Em vista disso, jamais remova por conta própria. Caso o osso não esteja devidamente colado, pode acontecer dele colar torto.
Nesse caso, pode ser necessário uma cirurgia no futuro, a fim de corrigir esse problema. Portanto, consulte o seu médico antes de qualquer coisa.
Quando vou poder pisar ou voltar a usar a parte que quebrou?
Apenas quando o médico liberar, já que ele deve acompanhar todo o seu caso para poder definir quando é a melhor hora.
Para acelerar esse processo, tanto a reabilitação quanto a fisioterapia são de grande importância.
Se a fratura não for imobilizada ela corre o risco de não colar?
Sim. Diversos tipos de fraturas, quando não são devidamente imobilizadas, podem sim evoluir para não consolidação. Nesse caso, podem se tornar falsas articulações, chamada de pseudartrose.
Mas, ainda que isso possa acontecer, não é uma regra absoluta. Afinal de contas, a fratura de arcos costais, por exemplo, aceita os tratamentos sem imobilização.
Na verdade, nesse caso em específico, a imobilização pode ocasionar em dificuldade na respiração do paciente.
O que precisamos para que o nosso osso cole rapidamente?
São vários os fatores que podem influenciar na consolidação, mas prezar por uma boa alimentação, que seja rica em proteínas e vitamina D pode ajudar bastante.
Além disso, há vezes em que o médico pode indicar a infiltração no joelho ou em outro local para diminuir a inflamação.
Outra dica é prezar pela ingestão de leite e derivados, já que eles são excelentes fontes de cálcio, que é o principal mineral para os ossos.
Afinal de contas, sem esse nutriente, a fratura não vai se consolidar de forma adequada. Durante esse processo, também é importante evitar fumar, já que ele atrapalha no processo.
Quais medicamentos ajudam na consolidação de fraturas?
Na verdade, não há medicamentos que possam ajudar na consolidação das fraturas. Apenas a suplementação de cálcio é que pode contribuir com isso.
Mas, além disso, o melhor a se fazer é aumentar a ingestão de alimentos que são ricos em proteínas e cálcio, como é o caso do queijo, ricota, iogurte, requeijão etc.
Além disso, o paciente também deve tomar cerca de 30 minutos de banho de sol, todos os dias.
Pisar atrapalha a fratura colar?
Na verdade, isso depende do tipo de síntese ou mesmo o método que o médico utiliza para tratar a fratura em questão.
Dizemos isso porque há vezes em que a carga pode sim estimular a consolidação do osso, em especial nos casos de osteossíntese com haste intramedular.
Entretanto, nos casos em que se colocou placa e parafusos, o médico pode sim proibir carga sobre o local afetado.
Fato é que não existe uma regra absoluta. Apenas o médico é quem deve decidir o que pode ou não ser feito, levando em consideração o quadro do paciente.
O sempre osso cola?
Não. Há vezes em que o osso não vai colar, mas isso pode variar de acordo com o caso em questão, bem como a localização.
Além disso, a vascularização também pode influenciar nesse sentido, já que pacientes que fumam podem atrapalhar a consolidação.
A consolidação do osso pode atrasar?
Sim. Tenha em mente que cada osso tem o seu próprio ritmo de consolidação. Como mencionado, quanto mais largo for o osso, maior será o tempo para que o organismo possa preencher a fratura com osso novo.
Fora isso, também depende de alguns outros fatores exclusivos ao paciente. No caso de apresentar câncer nos ossos da coluna, por exemplo, a consolidação pode se tornar ainda mais demorada.
Como diferenciar o retardo da consolidação da pseudartrose?
Quando o osso não se consolidou dentro do tempo adequado, mas a radiografia mostra que há formação de calo ósseo, diz-se que há retardo de consolidação.
Agora, quando 2 ou 3 radiografias seriadas apresentam que não há formação do calo ósseo, diz-se que houve interrupção do processo de consolidação e que houve uma pseudartrose.
Como é o tratamento do retardo de consolidação e da pseudartrose?
Depende. No caso de o organismo mostrar sinais de que está fazendo a sua parte, formando osso, e colando a fratura, deve-se deixar o organismo agir naturalmente.
Agora, quando há interrupção no processo de consolidação, o cirurgião pode optar por algum tipo de tratamento cirúrgico.
Mas, se faltou estímulo biológico, pode ser que o médico indique a inserção de enxerto. Caso tenha faltado estabilidade, deve-se trocar o tipo de síntese ou ainda instalar em uma fratura que estava engessada.