
A paranaense Isabella Hijazi, de 20 anos, estava sozinha na sala do seu apartamento, a 3km do porto do Beirute, capital do Líbano, quando viu pela janela a explosão que atingiu a cidade na tarde desta terça-feira (4/8). A explosão, que abalou edifícios inteiros e quebrou vidros, foi sentida em várias partes da capital e até em países vizinhos, como o Chipre.
Isabella contou que estava assistindo tevê quando o chão começou a tremer. “Eu fiquei assustadíssima. E daí, uns três segundos depois que o chão começou a tremer, veio um vento muito forte. As janelas todas abriram e as minhas cortinas voaram e rasgaram. Chegou a empurrar o sofá de tão forte que foi.” A estudante de psicologia é moradora de Beirute há três anos e conta que nunca viu nada parecido acontecer na região.
“No momento em que ocorreu a explosão, eu fiquei muito assustada, porque aqui a gente vive com medo de ser atacado por Israel. Então, eu fiquei muito assustada mesmo. Primeiro, eu achei que era um terremoto e depois eu pensei: “Pode ser um ataque”, afirmou a jovem, devido ao histórico de ataques politicamente motivados no país.
Relato de um libanês
O guia, contudo, não tinha percebido do que se tratava a explosão, nem onde ela teria acontecido. Ele imaginara que fosse a queda de um avião, porque “foi muito perto do prédio” em que ele estava. “A explosão, que pareceu com Hiroshima, de tão forte que era, foi sentida até no Chipre, no sul, no norte do Líbano. Todos me mandando mensagem querendo saber se estou bem, se minha família está bem, porque foi muito, muito forte”, afirmou.
“Muitas pessoas perderam a vida e muitas pessoas estão feridas. Ainda não sabemos o número exato, mas também tem muitos edifícios, lojas, carros e janelas que foram destruídos pela explosão”, completou. José Carlos é filho de uma brasileira e morou muitos anos no Brasil.
Nota Itamaraty
Na nota, o Itamaraty também informou que está pronto para prestar as assistências necessárias e declarou que se solidariza “com o povo e o governo do Líbano pelas vítimas fatais e pelos feridos atingidos pelas graves explosões”.
Grupo Hezbollah
Assim como nesta terça, a explosão em 2005 causou chamas de vários metros de altura, quebrando as janelas dos prédios em um raio de meio quilômetro.
Fonte: www.correiobraziliense.com.br