Guardar dinheiro para uma reserva de emergência é fundamental para a liberdade financeira de qualquer pessoa. No entanto, muitas vezes surge a dúvida: qual é a melhor opção, CDB (Certificado de Depósito Bancário) ou poupança?
Na verdade, ambas as opções são seguras e acessíveis; porém, têm características bastante diferentes entre si, e essas diferenças se refletem na rentabilidade e na realização dos seus objetivos financeiros. Neste artigo, vamos comparar os diferentes tipos de CDB e a poupança em termos de segurança, liquidez e rentabilidade.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
A rentabilidade do CDB e da poupança
Na hora de escolher um investimento, é fundamental levar em conta a sua rentabilidade, já que ela influencia diretamente o retorno obtido. Confira a seguir as diferenças entre o CDB e a poupança no que diz respeito à rentabilidade.
Poupança
Existem dois fatores que determinam a rentabilidade da caderneta de poupança: a Taxa Referencial (TR) e a Selic, a taxa básica de juros brasileira. Quando a Selic é superior a 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR. Quando a Selic está igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a TR.
Vale lembrar que a TR pode sofrer variações e que a Selic é alterada pelo Copom periodicamente. Logo, o rendimento mensal do investimento na poupança pode não ser sempre o mesmo.
É importante também considerar o impacto da inflação sobre a poupança. Nos últimos anos, esse investimento tem trazido rendimentos mais baixos, chegando a ficar abaixo da inflação. Assim, apesar de o valor investido aumentar ao longo do tempo, o poder de compra real pode até diminuir.
CDB
A rentabilidade do CDB, por sua vez, pode ser maior do que a da poupança. Esse tipo de investimento costuma oferecer rendimentos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha a Selic. Também existem opções que rendem mais do que 100% do CDI, o que pode trazer um retorno ainda maior.
Os CDBs atrelados à Selic ou ao CDI costumam oferecer uma proteção maior contra a inflação, uma vez que apresentam uma rentabilidade mais alta. Assim, o poder de compra do valor investido não é prejudicado.
Vale lembrar que existem vários tipos de CDBs disponíveis no mercado. Por exemplo, o prefixado, em que a rentabilidade é previamente definida no momento do aporte; o pós-fixado, cuja rentabilidade está atrelada a algum índice econômico, como o CDI; e o híbrido, que tem uma parte da remuneração prefixada e a outra pós-fixada.
Assim, vemos que o CDB pode ser mais vantajoso do que a poupança no que diz respeito à rentabilidade. Sobretudo se levarmos em conta as opções de CDBs que oferecem rendimentos acima de 100% do CDI.
A segurança do CDB e da poupança
Tanto o CDB quanto a poupança são considerados investimentos de baixo risco. Afinal, são aplicações de renda fixa, com rendimentos previsíveis e que, além de tudo, contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que fornece uma camada extra de segurança para o investidor. Nesse sentido, ambos são investimentos seguros.
A liquidez do CDB e da poupança
A liquidez de um investimento está ligada à facilidade e à rapidez com que ele pode ser convertido em dinheiro. Portanto, considerando esse aspecto, veremos agora como o CDB e a poupança se comportam.
Poupança
A caderneta de poupança oferece liquidez diária, ou seja, o dinheiro aplicado pode ser retirado a qualquer momento sem prejuízos. É um investimento que oferece muita flexibilidade e liberdade nesse sentido.
Em abril de 2025, por exemplo, com a Selic acima de 10% ao ano, a poupança segue rendendo 0,5% ao mês + TR. Por outro lado, a TR está próxima de zero, o que reduz a atratividade da poupança.
CDB
A liquidez de um CDB varia de acordo com o tipo de CDB escolhido. Existem, por exemplo, CDBs de liquidez diária, em que os investidores podem retirar o dinheiro quando quiserem, sem um prazo mínimo. Entretanto, há também CDBs com prazos determinados, em que o dinheiro só pode ser retirado no vencimento do título.
CDBs de instituições menores geralmente oferecem taxas maiores, mas é importante avaliar o rating da instituição emissora, pois o resgate via FGC pode levar semanas em caso de problema.
Em suma, a poupança tem apresentado rendimentos mais baixos, muitas vezes não superando a inflação, sobretudo em cenários de alta taxa de juros. Enqunato os CDBs tendem a ser uma opção mais rentável, principalmente para investimentos de médio e longo prazo.