Criada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce, durante o governo de Getúlio Vargas, a Vale surgiu com o objetivo de explorar as reservas de minério de ferro encontradas na região do Rio Doce, em Minas Gerais. Iniciando sua atuação como estatal, a companhia extraía e exportava minérios, ajudando imensamente o desenvolvimento industrial e, consequentemente, o econômico do Brasil.
Após ser privatizada em 1997, a Vale, conhecida no mercado de ações como VALE3, ganhou notoriedade na bolsa de valores brasileira e iniciou um ciclo de expansão global. Hoje, é uma multinacional presente em mais de 30 países e diversificou sua atuação para além do ferro, incluindo minerais como níquel, manganês e cobre, além de investir em setores como logística e energia.
Reconhecida por possuir uma complexa infraestrutura de logística, a Vale conta com ferrovias, portos e terminais que facilitam a exportação de seus produtos. Confira, a seguir, alguns detalhes da trajetória da Vale:
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
História, conquistas e destaques
Após o governo conceder a EFVM, Estrada de Ferro Vitória a Minas, a Vale iniciou suas operações no dia 1º de junho de 1942, durante a Era Vargas. Esta é uma das ferrovias mais seguras, além de ser uma das mais importantes do globo. Ela possibilitou a conexão das minas de Minas Gerais aos portos do Espírito Santo, consolidando o controle brasileiro sobre uma das principais vias férreas para transporte mineral.
Anos 60
Na década de 60, mais precisamente em 1966, a Vale inaugurou no Espírito Santo o Porto de Tubarão. Esse feito fez com que a exportação de minérios para o mercado mundial decolasse, o que acabou elevando a presença global da companhia.
No ano posterior, a empresa entrou para a classificação das seis maiores exportadoras de minério do mundo, período em que já produzia 26 minerais diferentes. Nessa época, as jazidas de Carajás foram descobertas no Pará, tornando-se as maiores reservas de minério de ferro já exploradas pela Vale.
Anos 70
Durante os anos 70, a Vale diversificou suas atividades e investiu em novos segmentos, começando a produzir bauxita, alumina, alumínio, manganês, titânio, fosfato, fertilizantes, madeira, celulose, pelotas e ferritas magnéticas. Em 1973, ocorreu a primeira exportação de minério de ferro para a China, marcando o Brasil como o primeiro país a fornecer esse recurso ao mercado chinês, uma parceria que continua até hoje.
Anos 80
A companhia inaugurou na década de 80 a Estrada de Ferro Carajás, também conhecida por EFC. Devido ao extenso e constante investimento em infraestrutura e, especialmente, em tecnologia, a ferrovia passou a ser cada vez mais eficiente, chegando a ser uma potência no Brasil. Com o avanço das operações, a Vale se firmou como a maior exportadora de minério de ferro do Brasil e uma das maiores do mundo.
Expansão global
A década de 90 trouxe novas conquistas para a Vale, consolidando sua liderança no mercado de mineração e aumentando a capacidade de exportação. No início dos anos 2000, as ações da empresa passaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, ampliando seu alcance entre investidores globais e reforçando seu posicionamento como uma das maiores e mais importantes mineradoras do globo.
Compra da Inco Limited
A canadense Inco Limited era a segunda maior produtora de níquel do mundo em 2006, quando a Vale adquiriu a empresa. Nesse mesmo ano, a Vale conseguiu atingir um valor de mercado de US$ 56,9 bilhões. Desse modo, a união também ajudou a Vale a crescer no mercado internacional de metais.
Mudança de marca
Em 2007, a mineradora mudou o nome de Companhia Vale do Rio Doce para Vale, como é conhecida até hoje. Assim, a companhia fez algumas transformações em sua identidade visual. Então, passou a transmitir para sua imagem a inovação que a mineradora já significava tanto para o desenvolvimento econômico do Brasil quanto para a economia de outros países.
Conclusão
Desde que abriu capital na bolsa de valores em 1967, a Vale tem participação de destaque no Ibovespa. A relevância dessa empresa no mercado e o volume de negociação dos seus papéis são motivos que justificam isso. Estando presente na bolsa brasileira, a B3, e em bolsas internacionais como a de Nova Iorque, sua relevância ultrapassa o mercado nacional, marcando presença no Novo Mercado, conjunto de instituições cujo nível de governança na bolsa é extremamente potente e elevado.
Para investidores, um aspecto positivo da Vale é sua tendência em ser uma empresa sólida, com gestão respeitada. Além disso, a companhia possui décadas de atuação lucrativa no Brasil, sendo considerada estável, pois mesmo durante as crises, a empresa possui uma boa recuperação em suas ações e se mantém em crescimento no longo prazo. Por fim, em se tratando de uma empresa importante no mercado, estando entre as mais negociadas na B3, é mais fácil encontrar compradores e vendedores na bolsa de valores.